NÃO QUERO FACA, NEM QUEIJO, EU QUERO A FOME!
Sobre buscas, desafios e busca pessoal.
COMPORTAMENTO E SOCIEDADE
Frank Campos
5/1/20242 min read


"Não quero faca, nem queijo... Eu quero a fome"
Adélia Prado
Quem nunca ouviu a expressão: "com a faca e o queijo na mão"?
Bom, o que vou falar não necessariamente é sobre estes dois, mas o que vem antes deles.
É na crise e durante qualquer tipo de provação, que podemos encontrar a força no medo, o desejo na superação e a fome em se reinventar.
Escritores precisam de uma causa, pintores de suas musas, matemáticos do algorítimo que faltava, dos símbolos e lógica necessárias. É a inspiração aliada ao conhecimento e ao desejo que sopra as velas para uma nova direção.
Nada é fácil, tampouco justo, (não estamos falando disso aqui), pois todos merecem "minimamente" oportunidades e dignidade em qualquer que seja a dimensão de suas vidas, (profissional, afetiva, acadêmica ou social) e no mundo prático e competitivo em que vivemos, nem sempre isso será muito fácil. então não esqueça que isso envolverá seu empenho e um real e legítimo desejo de querer sair da sua zona de conforto!
Largue esta postura e entenda:
A distribuição de renda e de oportunidades nunca foi o nosso ponto forte no Brasil. Sabemos dos quilômetros de distância das nossas diferenças sociais. Estou falando aqui daquele breve instante em que superamos a dúvida sobre coisas que não acreditamos ser capazes de realizar e do julgamento, o olhar alheio e nossas dúvidas e diálogos internos. Isso exige muita energia e esforço.
Muita gente nunca esteve, ou se deu ao luxo de viver essa tal zona de conforto.
É na Educação que muitos encontram a única forma de ascensão e mudança em suas vidas e é ela a grande personagem, ou o grande motor das mais profundas transformações na vida de alguém.
Obvio que isso não garantirá ou será a resposta definitiva para muitos, mas no mínimo devemos buscar o conhecimento basilar e necessário para uma vida consciente, coerente, crítica e suficiente para lidar com os desafios cotidianos.
Estude com afinco, aprenda, reconheça seus erros, levante-se e não tenha preguiça para abastecer-se. Junte a isso "vontade" e você estará com a faca e o queijo na mão. Talvez você não tenha a mesma chance que muitos, mas terá ferramentas.
O valioso mesmo é descobrir, (sem plateias, likes ou aplausos) que aos poucos, sobrevivemos, aprendemos ou superamos obstáculos, antes imagináveis.
A vida acontece fora das redes, no esforço e empenho diários e muito do que nos cabe, não pode ser terceirizado.
Se Alice não tivesse caído no buraco do coelho, Se o cientista não tivesse experimentado a dor de algumas frustrações, "se" o cozinheiro não tivesse experimentado aquele novo ingrediente ... bom..., o que será que "não teria acontecido"? Isso envolve não olhar para as coisas óbvias!
Titãs, nos 80 e 90 cantaram para toda uma geração:
Você tem fome de quê?
(...) "A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade"...
Tenho ressalvas sobre livros de autoajuda e não acredito em conversa romântica de quem nunca colocou a mão na massa para fazer algo, então siga em frente e abrace uma causa que "sempre" lhe proporcione significado e sentido para a sua existência.
Que você nunca perca a fome, a esperança, e não pare de se fazer a pergunta:
“E, se?”
"Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
((Desejo, necessidade, vontade))"